Todos os dias, ao acordarmos, iniciamos uma batalha importante em busca de algo melhor. Porém o melhor varia para cada pessoa mediante o nível de consciência que cada um realiza em seu Ser.
Mas como se guiar mediante nossas buscas materiais, emocionais e espirituais através de uma ação que fortaleça estes três planos em nossa caminhada.
Buscar o melhor leva-nos à batalha milenar cantada no Bhagavad Gitã, nos hinos de Yagé, nos cantos cristãos, no conhece a ti mesmo ...
A grande batalha refere-se a transcendermos nossas limitações e transformar nossas qualidades em atos de poder e realização plena, com consciência de sermos livres.
Somos aprisionados pelas emoções e pensamentos que, como um barco a vela sem direção, é levado ao sabor dos ventos desses pensamentos e emoções.
A raiz deste problema encontra-se no medo e na dúvida, nossos inimigos ocultos em toda a nossa vida. Eles estão sempre presentes, nos influenciando, dentro de nós, como parasitas. E, como parasitas, atraem outros parasitas, tanto no plano material como no plano sutil, que por afinidade tornam-se aliados de poder de tais emoções e pensamentos, alimentando-os em nós e, ao mesmo tempo, deles se alimentando e se fortalecendo.
O medo e a dúvida impedem o nosso despertar e desenvolvimento dentro dos 3 planos. O medo de buscar o que realmente desejamos, a dúvida se iremos ou não alcançar o resultado desejado, medo e dúvida se estamos no caminho certo ou errado etc
Nunca estaremos tão certos quando estivermos tão errados.
O caminho deve ser de realização em todo o mundo. As trilhas escolhidas na vida confere novas perguntas aos mesmos questionamentos até que escutemos a resposta, que está e sempre esteve em nosso interior, no Eu Superior. A única coisa que deve ser feita é aprender a ouvi-lo e deixar que conduza nossas ações, dominando o medo e a dúvida, sempre subjacentes a nosso guia interior maior, o Eu Superior.
Tememos tanto o que conhecemos como o que não conhecemos, a diferença é que ao temer o que desconhece, realiza-se sem consciência, baseado em nossa dúvida.
Tanto o medo quanto a dúvida, apesar de terem se tornado nossos grandes desafios na encarnação e, até mesmo, nossos maiores inimigos, têm, em si, sua finalidade. Sirvo-me de uma analogia para melhor entender a questão. Imagine nossa alma, nosso Eu Superior, nossa essência divina e eterna como sendo um astronauta, o qual, para movimentar-se nesta dimensão terrena necessita de uma roupagem, que é nosso corpo e de um computador para ajudar a operar essa roupa, que é nosso cérebro. Então, este último, equivale a um computador. A mente racional é esse computador e, como tal, ela está a serviço do Eu Superior, é uma ferramenta para este manifestar-se no plano material. E, como qualquer ferramenta, a mente é limitada, é apenas um utensílio, tem sua finalidade, mas é uma máquina. O Eu Superior é que deve comandá-la.
A mente é que gera dúvidas e conflitos, porque é uma máquina que questiona as coisas, sua função é essa, a de “raciocinar”. Entretanto, acabamos deixando que tais dúvidas e conflitos assumam o controle de nossas vidas, tomem as decisões nas escolhas que devemos fazer e isso, mas, ao contrário, na grande maioria das vezes, ocorrem à revelia da real vontade do Eu Superior. É quando a máquina controla o dono, como no filme Matrix, e tudo começa a degringolar. Como saber quando é o Eu Superior e quando é a mente que está no controle? Simples: o Eu Superior não tem dúvidas, ele tem certezas, quem duvida e gera conflitos, sempre, é a mente racional. Sabe aquela famosa definição de “consciência pesada”, que todos têm? É o Eu Superior avisando que algo está errado.
Sabe aquela intuição forte que sentimos passando numa rua, dizendo, sai daqui rápido que tem algo errado, sem qualquer motivo aparente? É o Eu Superior avisando. Aí vem a mente e “duvida” do comando, segue na mesma rua e acaba sendo assaltado! Aí vem, novamente, o Eu Superior e nos fala, lá dentro de nosso íntimo: por que eu não ouvi minha intuição? Passamos por isso todos os dias, como infinitos testes em nossa vida, dando-nos diversas oportunidades para aprendermos a dominar nossas mentes racionais e seguirmos nossas vidas conforme as diretrizes do Eu Superior.
O medo, por sua vez, é um dispositivo instintivo de proteção e sobrevivência. E, como a mente racional, é uma ferramenta para usarmos neste plano e deve estar a nosso serviço e não o contrário. Não devemos deixá-lo nos dominar e vivermos no medo. Sentir medo é normal, ficar no medo não é. O medo aciona um comando de defesa para agirmos. E só. Tomada a reação necessária, ele deve ceder e dar espaço para seguirmos normalmente. Quando alimentado em demasia, o medo nos torna prisioneiros. Tanto o medo quanto a dúvida não podem ultrapassar os limites de suas finalidades, ou deixamos de ser os mestres de nossas vidas, para sermos escravos de medos e dúvidas.
E, nunca se esqueçam, o medo e a dúvida sempre atraem semelhantes, aliados de poder no plano material e no plano mental. Semelhante atrai semelhante e quanto mais alimentados, o medo e a dúvida vão reunindo pequenas gangues ao nosso redor, que se alimentam desse padrão, o que vai gerando uma teia de força, que torna cada vez mais difícil ao Eu Superior para se manifestar. Neste aspecto, o medo e a dúvida tornam-se nossos maiores inimigos e desafios nesta encarnação. E, olhem só, nem precisa de ninguém pondo olho gordo ou fazendo magias para você se prejudicar, pois o medo e a dúvida já são suficientes para que nos arrastemos cada vez mais a padrões negativos.
Ouçam sempre o Eu Superior, aprendam a língua com que ele fala com você, porque ele É VOCÊ, é sua essência divina, é tudo o que somos para sermos felizes, aqui e agora e celebrarmos a vida, essa é uma das batalhas mais importante para o nosso despertar espiritual.
Deste seus servos.
MP Nuno Maha / Acarya Maha Surya Pandit
M. Iara de Lourenzo